quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Terapia em movimento...






Muitos chamam "loucos" e levam à mal os que voluntariamente se isolam, mas eu não sou exatamente um misantropo não, sabe, é só que dependendo do circulo social eu prefiro animais e bikes, dias de hoje, tantos perdidos no mundo virtual procurando "abrigo", entre "números, visualizações e likes", chamando qualquer um de "amigo" , bem, após os quarenta isso já não me admira, "mentira" super define, daqui do asfalto vejo uns montes afundados nos vícios, outros no crime, até sonhar tá complicado, quem diria, odeio "sonhos" de padaria e aqueles em que desperto sem o singelo e breve toque das mãos que senti enquanto dormia, eu sou rei dos "quase" e dos amores platônicos pedalando para não ser vencido pelo vazio e a monotonia, amigos escassos, anos e anos sem abraços e de quebra não consigo externar meus choros, a inevitável ansiedade de um trovador implosivo pelas avenidas da cidade, fim de tarde, quase noite, madrugada, quase dia, muitos me recomendam "análise" para a saúde da alma e seus cortes, mas é ao relento, sob a luz da lua e dos postes que faço minha "terapia em movimento", nos meus fones sons de melancolia, Radiohead, Norah Jones, sei lá, talvez eu pire um dia, talvez seja um alerta, foda-se, aqui pelas "noites lombrísticas", no âmago dos meus devaneios e desvarios solitário rio, imensamente agradecendo ao Deus bendito pela minha "psicóloga de metal" chamada "bicicleta"...