Às vezes puto, às vezes "zen", um ser isolado em seu planetoide não quer briga com ninguém, aquele lá sou eu à vista de alguma luneta, "Respect" como há muito cantou Aretha, pessoas mundo afora desesperadamente tentando ser amadas ainda que sem sucesso e cá estou, um grão de poeira ante a vastidão do universo e mesmo assim em paz como tanto quis e não pude em minha conturbada juventude, por quantas vezes esquecido amor próprio, os filmes favoritos que tanto quis ver junto com amigos, mas convidar não me atreveria porque, francamente, não acho que alguém viria, importâncias e atenções que de muitos não tive até que fosse conveniente, migalhas que esperei cair da mesa ao longo da vida e hoje eu sou um anônimo contente, assobiando em sua bicicleta no calçadão da orla, feliz invisível à espera de nada, sem dias ou noites promissoras além de "reels" compartilhados e frias mensagens impessoais de operadoras, versos soltos que recito aos ares afim de encontrar reais afetos, nem tão bonito, nem tão esperto, o sagaz de mim passa de largo, no baseado um trago e sopro deixando a visão da lua turva, só mais uma curva e logo, logo estarei de volta à minha triste rua, somos instantes, amores em restaurantes, postagens com aquelas trilhas sonoras de "viórias", sabe como é e tal, mostrar ao mundo virtual o quão "bem" estão e então o contraste com a última prece de um suburbano sob a santa água do chuveiro, agradecendo ao pai pelas paisagens ao longo do caminho e por ter chegado em casa inteiro, viver=gastar, estúpido significado pra grande maioria, respirar, locomover, ter o que comer e assim devidamente glorifico meu Deus ao findar do dia...
quinta-feira, 28 de agosto de 2025
Sabe como é e tal...
Às vezes puto, às vezes "zen", um ser isolado em seu planetoide não quer briga com ninguém, aquele lá sou eu à vista de alguma luneta, "Respect" como há muito cantou Aretha, pessoas mundo afora desesperadamente tentando ser amadas ainda que sem sucesso e cá estou, um grão de poeira ante a vastidão do universo e mesmo assim em paz como tanto quis e não pude em minha conturbada juventude, por quantas vezes esquecido amor próprio, os filmes favoritos que tanto quis ver junto com amigos, mas convidar não me atreveria porque, francamente, não acho que alguém viria, importâncias e atenções que de muitos não tive até que fosse conveniente, migalhas que esperei cair da mesa ao longo da vida e hoje eu sou um anônimo contente, assobiando em sua bicicleta no calçadão da orla, feliz invisível à espera de nada, sem dias ou noites promissoras além de "reels" compartilhados e frias mensagens impessoais de operadoras, versos soltos que recito aos ares afim de encontrar reais afetos, nem tão bonito, nem tão esperto, o sagaz de mim passa de largo, no baseado um trago e sopro deixando a visão da lua turva, só mais uma curva e logo, logo estarei de volta à minha triste rua, somos instantes, amores em restaurantes, postagens com aquelas trilhas sonoras de "viórias", sabe como é e tal, mostrar ao mundo virtual o quão "bem" estão e então o contraste com a última prece de um suburbano sob a santa água do chuveiro, agradecendo ao pai pelas paisagens ao longo do caminho e por ter chegado em casa inteiro, viver=gastar, estúpido significado pra grande maioria, respirar, locomover, ter o que comer e assim devidamente glorifico meu Deus ao findar do dia...
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